
Tempos longínquos



Foi por volta do século III a.C. que
o fenómeno da romanização se fez sentir no ocidente peninsular, atraídos pelas riquezas naturais. O actual território
nacional foi ocupado depois de sangrentas lutas travadas com os povos indígenas (tribos celtas pertencentes à grande
família dos lusitanos).
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A permanência romana
não foi inócua nem desguarnecida de sentido de oportunidade. Assim, por questões militares (defesa) e económicas, organizavam
política e administrativamente todo o espaço físico conquistado e sob o seu domínio, por forma a haver um melhor controlo
do território ocupado. Contudo a consolidação das políticas colonizadoras passavam também pela estratégia de criação de infra-estruturas
que assegurassem toda a operacionalidade de circulação de mercadorias, pessoas, exércitos, ideias, etc..
A sua presença deixou, embora
de modo desigual, marcas materiais bem visíveis em todo o país . É neste campo que a freguesia de Santa Eugénia mostra vestígios
de uma ocupação peculiar .
.Património Arqueológico

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Santa Eugénia, conserva um vasto conjunto de monumentos
e sítios arqueológicos autênticos
que preservam e perpetuam a memória ancestral de
outras ocupações humanas com estádios
de desenvolvimento cultural, social, económico e religiosos
muito próprios dessas civilização
em épocas distintas, em que o legado cultural por elas
deixado, que o tempo e a modernidade
não conseguiu apagar, faz a história da freguesia
nos tempos mais longínquos, desde a Pré-história
à Idade Média.
JOSÉ NOGUEIRA DOS REIS
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.A Origem da Povoação

A ocupação humana do território onde hoje é o lugar de Santa Eugénia, remonta aos tempos da mais
longínqua pré-história, conforme o mostram inúmeros achados arqueológicos nas redondezas, que nos dão o testemunho de
indústrias líticas (paleolíticas e neolíticas) implantadas na região.
Um dos centros arqueológicos da Freguesia, onde existem : uma fonte Romana,«Fonte de Mergulho»,
a «Laje do Concelho», a «Igreja matriz», um «Cruzeiro», um «Chafariz» e
«Casas Brasonadas», é o centro da aldeia.
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Achados Arqueológicos

Várias são as moedas romanas achadas em diversos locais das redondezas pertencentes actualmente ao
concelho Alijó, encontraram-se algumas com legendas tais como "NERVS CLAVDIVS AVGVSTVS" ou ainda "VESPASIANVS AVGVSTVS", ambas
referências a nomes de imperadores romanos do séc. I.
Outro centro arqueológico são as Grutas Rupestres, na freguesia de Carlão, limítrofe de Santa Eugénia.
Aqui segundo se conta uma pintura Rupestre foi destruída aquando da busca de Volfrâmio (contou-mo
variadíssimas vezes, Francisco Henrique, Francisco Henrique Novo e Artur Coelho dos Reis. Prova-o também o seu culto de origem
sueva. Da época Romana existe, em pleno estado de conservação, uma «Fonte de Mergulho», aqui denominada «Fonte de Baixo».
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Santa Eugénia, situa-se a cerca de 15km. de uma das saídas da I.P.4-Pópulo.
Tem a área Aproximada de: 779 ha
As Freguesias limítrofes são: A Norte - Pegarinhos; A Sul - Carlão; A Este -
Candedo (esta do concelho de Murça); A Oeste - Casas da Serra (lugar da freguesia de Carlão)
Do total da Área referida, aproximadamente 480 ha, são de monocultura intensiva, a saber:
Vinha, cuja produção se destina ao fabrico de "Vinho do Porto" e, o não beneficiado a "Vinho de Mesa".
Estão também preenchidos com olival tradicional, aproximadamente 100 ha.
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Orago: Santa Eugénia
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Topónimo: Eugénia, de origem grega, significa Bem Vinda, Bem Aparecida, de Boa
Linhagem.
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